esse é um sonho senha de um país à paisana cuja beleza ferrenha prenha atrás da persiana é lúdica, litúrgica, lisérgica, sacra, secreta, cirandeira e cética um sonho sonâmbulo a floresta fluorescente um presságio, um preâmbulo afago e fogo de trás pra frente lúdico, litúrgico, lisérgico, sacro, secreto, cirandeiro e cético os neurônios e os netunos a frequência febril o ritmo do desarrumos os meios das malhas mil lúdico, litúrgico, lisérgico, sacro, secreto, cirandeiro e cético nos lapsos das sinapses dos nerudas, das neuroses a veia na verve das aves sem pouso, sem posses é lúdica, litúrgica, lisérgica, sacra, secreta, cirandeira e cética Dio
"Será sempre difícil exercer, de forma ao mesmo tempo nobre e frutífera, a condição de homem de letras sem se expor à difamação, à calúnia dos impotentes, à inveja dos ricos (...), às vinganças da mediocridade burguesa" (Charles Baudelaire) / "Ciranda do céu, rave de tambor" (Baco Exu do Blues)