a criança sempre quis voar um dia teve medo de altura passou a acreditar no paraíso viu o céu mais perto  pegou estrelas com a mão  jogou bola com a lua  a criança queria voar um dia colou o rosto no sol passou a acreditar no inferno  ardeu em outros níveis  queimou neurônios  desbravou horizontes  a criança voou um dia encontrou o adulto  mastigou nuvens com gosto de isopor  e passou a acreditar em si  Dio             
"Será sempre difícil exercer, de forma ao mesmo tempo nobre e frutífera, a condição de homem de letras sem se expor à difamação, à calúnia dos impotentes, à inveja dos ricos (...), às vinganças da mediocridade burguesa" (Charles Baudelaire) / "Ciranda do céu, rave de tambor" (Baco Exu do Blues)