a vida num gole
ela desce
esquenta a garganta
abre o apetite
dose cavalar de doze cavalos livres
rompem o campo verde num verso de manoel de barros
a vida num gole
ela desce
ao inferno de dante
bate e volta
iô-iô divino
chama-raul antropofágico
expele o mal
retém o cruel
a vida num gole
ela desce
42 graus à sombra
tarde de verão febril
barris de choques-relâmpagos
artaud na corrente sanguínea
a vida num gole
ela desce
tremores de terra na mesa dos párias
castradores não caminham nesse dna
galão de revelações
olhos na nuca
pés pra dentro
mãos de turbina
Dio
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