te quero sim assustado com os olhos esbugalhados perante a afronta das cores vivas
um salto na diluição que escorre pelas vielas coletivas como massa explosiva de afetos
essa rede que põe desocupados e sobreviventes no colo alternativo e os embala no ritmo das luzes clarividentes
comunidade descendo a ladeira do mundo com dilemas e sentidos misturados no passo a frente do passado seguinte
te quero assim com aquele olhar de ataque e julgamento cuja pose eugenista caça o pecado embutido por satisfação pessoal
entre a vida e a invenção o gosto original pluraliza margens nas quais a perturbação se projeta e não se desculpa
te quero em mim babando excludente e inflexivel e tenso com o hábito maldito de respirar no canto dos que gritam ao pé do ouvido do receio
te quero enfim sem saber como coreografar a ilusão
Comentários
Postar um comentário