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Mostrando postagens de julho, 2024

quatro poemas para copacabana

copacabana  copacabana 24 horas no fio da navalha  cinco dias-luz a conta-gotas  o apartamento é um cubo mágico à espera do próximo movimento  minha janela dilata visões confusas de um lugar solto no mundo  os ponteiros na parede giram alucinados por um pouco mais  eu preciso descer para alcançar  desver é uma tecla nula do painel  contatos mediados pelo interfone dos códigos  lá embaixo lavam a calçada com sal a encomenda nas mãos de um moleque de treze anos invisibiliza a pronta-entrega satisfação garantida ou sua grana devota  copacabana 24 hordas no balanço da maré  rolé van gogh sobe o cantagalo na esperança de que pinte alguma coisa  ele monta na garupa do Cão e lasca cores vivas nas autorrepresentações sem alma querem arrancar-lhe a orelha e enviá-la como prova do sequestro  vai grogue demais para cativeiros carentes de audácia  pega o caminho das ondas sinuosas que hablan español  vamos embarcar em el bar...