são paulo terra vertical de mil e uma torres de babel de babilônias sob teus arranha-céus de hieroglifos tatuados no teu corpo diariamente chacinado de cabeças que se acham olhando para cima de pés que sobem na vida de andar em andar são paulo massa cinzenta de vinte e dois tentáculos de mais de quatrocentas maneiras diferentes de dizer teu nome de falência múltipla dos teus órgãos de campos minados e pernas arrancadas de territórios com teus portões vigiados são paulo bad trip onde ninguém é são são paulo onde ninguém é paulo ou joão são paulo onde ninguém é paulo ou paulete são paulo rua augusta número 37 são paulo onde ninguém é paulo ou judas são paulo onde ninguém é judas ou judith são paulo sem convite são paulo fila única onde você vai um dia são paulo onde mais você iria? são paulo onde fica sp são paulo onde você vai morrer são paulo cardápio à mão testemunhaste em coro meu voo tirésias em tua manhã virada de óleo rímel e passos largos começamos pelo fim pelo cemitério da cons
"Será sempre difícil exercer, de forma ao mesmo tempo nobre e frutífera, a condição de homem de letras sem se expor à difamação, à calúnia dos impotentes, à inveja dos ricos (...), às vinganças da mediocridade burguesa" (Charles Baudelaire) / "Ciranda do céu, rave de tambor" (Baco Exu do Blues)
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