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cores irrenunciáveis

outra Nuvem vaza em movimento 
vida que cresce entre raios 
legiões a serviço de sei-lá-o-quê
portas abertas são bem frequentadas 
olhares assustados discordam 
bombardeios na cabeça 
padrões patrões 
o ácido tudo vê 
os primeiros passos são grandiosos 
como um bolo de aniversário 
pessoas reunidas em mais de três 
rascunhos e perspectivas caem nas mãos 
os dias padecem longos 
cabem o futuro e o arcaico
o ofício e a festa
a mistura bagunça as unidades 
invade e fala
o comício de alguma coisa 
a pergunta na sala de estar 
simples e direta ao fim 
poção mágica com bruxas sereias 
batucadas de indígenas anjos 
vício visceral vil 
nos fundos do terreno baldio 
anúncios de novos calendários 
destampam o tempo 
folia furiosa
antes que acabe o mundo
antes que acabe o álcool 
só o sistema não acaba 
os olhos contemplam a contravenção 
o colírio é álibi e cúmplice 
margem fina 
os códigos estão aí 
os espaços gritam desesperados 
entram no ar
em horário nobre 
fora do quadro de horários 
parados olhando 
o mercado pragmático não ri 
resta o retrato do filme 
em preto e branco 
e Cores Irrenunciáveis 



Dio

































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